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Dermatologia – Câncer de Pele

O QUE É CÂNCER DE PELE?

O câncer de pele é um tumor maligno originário das células da pele, existindo vários tipos diferentes.

Atualmente, é o câncer mais frequente no Brasil e no mundo, correspondendo a 30% de todos os cânceres. Cerca de 185.000 pessoas são diagnosticadas no Brasil por ano, 4.000 pessoas evoluíram para óbito e outras ficaram mutiladas. Por isso a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE CÂNCER DE PELE?

Existem vários tipos de câncer de pele, para ficar mais didático, separamos em 2 grupos:

  • Melanoma
  • Não melanoma

QUAL É O CÂNCER DE PELE MAIS FREQUENTE?

O câncer de pele mais frequente é o carcinoma basocelular, correspondendo a 70% dos casos. Felizmente, é também o menos agressivo.

COMO SE CARACTERIZA O MELANOMA?

O melanoma é um câncer originário dos melanócitos, células responsáveis por produzir a melanina, o que dá a cor da pele.

Uma pinta pode sofrer uma transformação maligna ou surgir de uma pele sem lesão prévia.

É mais comum em pessoas adultas de pele clara, porém negros e crianças também podem apresentar.

Apesar de sua incidência não ser alta comparada aos outros cânceres de pele, é o mais agressivo, podendo ter uma evolução rápida com metástase e óbito se não for detectado e tratado precocemente.

COMO IDENTIFICAR UM MELANOMA?

Existem alguns critérios que devemos ficar atentos e procurar a dermatologista quando aparecerem:

  • Pinta que cresceu
  • Pinta que mudou de cor
  • Pinta assimétrica
  • Pinta que sangra
  • Pintas com diâmetro maior que 0,6mm
  • Aparecimento de pinta nova
  • Sensações como coceira, formigamento, queimação ou dor

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVER O MELANOMA?

  • História familiar de câncer de pele
  • História pessoal de câncer de pele – quem já teve um câncer de pele, tem maior chance de desenvolver outro do que a população geral
  • Pessoas de pele clara e olhos claros, principalmente ruivos, albinos e pessoas com muitas sardas.
  • Exposição prolongada a radiação ultravioleta, principalmente na infância e adolescência.

QUAL A LOCALIZAÇÃO MAIS FREQUENTE DO MELANOMA?

O melanoma pode ocorrer em qualquer parte da pele, sendo mais frequente nas áreas fotoexpostas.

Já nos negros, são mais comuns nas palmas das mãos e plantas dos pés (melanoma acral).

Pode ocorrer também nas unhas, olhos e cérebro.

QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA O MELANOMA?

A cirurgia é o tratamento mais indicado, podendo ser excisional ou cirurgia micrográfica de Mohs (a peça cirúrgica é analisada durante a cirurgia para garantir que todo o câncer foi retirado).

Quando já há metástase, pode ser utilizado quimioterapia, radioterapia e imunoterapia para postergar a evolução da doença, aumentando a sobrevida do paciente.

QUAIS SÃO OS CÂNCERES NÃO MELANOMAS?

Esse grupo reúne vários tipos de cânceres diferentes como:

  • Carcinoma basocelular (CBC)
  • Carcinoma espinocelular (CEC)
  • Tumor de células de Merkel
  • Sarcoma de Kaposi
  • Linfoma cutâneo de células T (micose fungóide)
  • Carcinoma sebáceo (surge a partir das glândulas sebáceas)
  • Entre outros

DÚVIDAS E INFORMAÇÕES

O carcinoma basocelular é proveniente das células basais. Elas passam a crescer de forma desordenada, dando origem ao câncer. Esse crescimento é lento e não dá metástase, somente destruição local, podendo causar mutilação.

Algumas lesões podem se manifestar como manchas avermelhadas que se assemelham a dermatite ou psoríase.

Outras podem se apresentar como uma bolinha vermelha brilhosa com uma crosta central que sangra com facilidade.

Podem estar associados coceira, ardência, descamação ou sangramento.

Ocorre principalmente nas áreas fotoexpostas como face ( principalmente nariz e orelhas), pernas (mulheres) e tronco nos homens.

O diagnóstico é feito pela médica dermatologista através do exame clínico, dermatoscopia (lente que aumenta a lesão em 70 vezes, permitindo visualizar melhor algumas características) e biópsia (exame histopatológico).

Lesões pequenas podem ser tratadas com criocirurgia, eletrocoagulação ou imunoterapia tópica.

Já as lesões maiores ou localizadas nas zonas de risco (zona T da face) é mais indicado a cirurgia.

É o segundo câncer de pele mais frequente, sendo originário das células escamosas.  É mais agressivo do que o carcinoma Basocelular, podendo evoluir com metástase e óbito se não tratado precocemente.

Normalmente se encontra em áreas com grande dano solar (pele enrugada, alteração na pigmentação e perda de elasticidade).

Geralmente, tem coloração avermelhada, parecendo machucados espessos e descamativos que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Também podem se assemelhar a verrugas.

Os principais fatores de risco são:

  • Exposição solar intensa
  • Feridas crônicas como úlceras de perna
  • Queimaduras
  • Pessoas que têm órgãos transplantados
  • Exposição a certos agentes químicos ou radioativos

O diagnóstico é feito pela médica dermatologista através do exame clínico, dermatoscopia (lente que aumenta a lesão em 70 vezes, permitindo visualizar melhor algumas características) e biópsia (exame histopatológico).

Lesões pequenas ou em situ (doença de Bowen) podem ser tratadas com criocirurgia, eletrocoagulação, imunoterapia tópica ou terapia fotodinâmica.

Já as lesões maiores ou localizadas nas zonas de risco (zona T da face) é mais indicado a cirurgia.

  • Evitar a exposição prolongada ao sol
  • Evitar exposição solar entre 10 e 16 horas
  • Usar filtro solar com FPS maior que 30 e PPD antes de sair de casa
  • Usar diariamente o protetor solar, não somente em momentos de lazer
  • Reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou se molhar ou se suar
  • Usar chapéus, óculos escuros e camisetas
  • Procurar sempre a sombra
  • Examine sua pele periodicamente
  • Se observar qualquer lesão suspeita, procure de imediato uma dermatologista
  • Faça um check up anual com sua dermatologista
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol.

Lembre-se sempre que o efeito da radiação ultravioleta é cumulativo!

Proteja-se sempre.

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